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Ministro manda colocar 'tarja' em citações a Aécio em depoimento no TSE


(Foto: Reprodução)

O Ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que sejam colocadas "tarjas" nas citações ao presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), contidas no depoimento do ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedicto Junior ao tribunal.


A informação foi publicada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" e confirmada pela TV Globo.


O ex-dirigente da Odebrecht citou Aécio e o PSDB em depoimento ao TSE na ação que investiga a chapa eleita em 2014, composta pela ex-presidente Dilma Rousseff e o presidente Michel Temer.


Segundo apurou a TV Globo, o ministro mandou colocar a tarja nas citações ao senador tucano porque ele não tem nenhuma relação com a ação em julgamento, que se refere apenas à chapa eleita.


Segundo o relator do caso, Aécio não é alvo da ação e, por isso, os trechos em que ele é citado devem ser desconsiderados.


De acordo com a reportagem do "Estadão", o ministro afirmou no despacho que considera "lamentável" o vazamento de depoimentos de delatores da Odebrecht.


A decisão de Herman Benjamin foi tomada após pedido do PSDB, que alegava que as menções ao partido e à candidatura de Aécio no depoimento somente se prestaram a causar danos à imagem do PSDB e do senador.

Citação


Em depoimento ao TSE, Benedicto Júnior disse que Aécio Neves pediu ajuda nas eleições de 2014 e que os valores repassados ao PSDB foram por meio de caixa 2 em 2014.


Na primeira vez, teriam sido solicitados R$ 6 milhões para apoiar três candidatos: Antonio Anastasia (então candidato ao Senado pelo PSDB-MG), Pimenta da Veiga (candidato do PSDB ao governo de MG) e Dimas Junior (candidato a deputado federal pelo PP).


Segundo Benedito Junior, outros R$ 3 milhões foram repassados para a empresa responsável pelo marqueteiro da campanha presidencial de Aécio em 2014, Paulo Vasconcellos.


Em nota, Aécio disse que pediu apoio a empresários, mas sempre de acordo com a lei.


Pedido do PSDB


O advogado José Eduardo Alckmin, que representa a coligação encabeçada pelo PSDB, solicitou, em ofício enviado em 7 de março ao TSE, a exclusão de trechos dos depoimentos de Marcelo Odebrecht e Benedicto Barbosa que não façam referência direta ao objeto da ação, o susposto abuso de poder da chapa Dilma-Temer na eleição presidencial de 2014.


Segundo o advogado, as declarações, "além de estranhas ao objeto da ação", têm se prestado ao que ele classificou de "indevida exploração política patrocinada junto à imprensa", com o objetivo de "causar danos à imagem do PSDB e do presidente nacional da legenda, o senador Aécio Neves (MG)".


"Nesses termos, requer-se que as referências estranhas ao objeto da causa, existentes nos referidos depoimentos [Marcelo Odebrecht e Benedicto Barbosa], que atinjam o partido representante [PSDB] e seu presidente [Aécio] sejam expungidas, evitando-se o desvio de finalidade da prova", escreveu o advogado do PSDB na peça judicial.

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